sábado, 6 de dezembro de 2014

Golpista, Veja dobra sua aposta no impeachment


Revista da família Civita prega abertamente a derrubada de uma presidente que acaba de ser reeleita, tendo como pretexto a interpretação da Abril sobre a delação premiada de um corrupto confesso, o executivo Augusto Mendonça, da Toyo Setal; "Se Dilma tiver mesmo de enfrentar questionamentos semelhantes [um pedido de impeachment], ela o faria enfraquecida por uma reeleição muito apertada, pelo ressurgimento da oposição e por uma economia de prospectos desanimadores"; revista investe na tese de que doação legal é propina; estratégia, no entanto, esbarra nas doações de empreiteiras ao tucano Aécio Neves e nos esquemas de corrupção mineiros que também alimentaram o doleiro Alberto Youseff

247 - A revista Veja, da família Civita, prossegue em sua cruzada antidemocrática. Neste fim de semana, o editorial assinado pelo jornalista Eurípedes Alcântara, diretor de redação da revista, sugere o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que foi reeleita há pouco mais de um mês.

"Caso se confirme acima de qualquer dúvida que entrou dinheiro sujo para pagar despesas de campanha do PT em todos os níveis, até mesmo a presidente Dilma teria o que temer. Em 2005, Lula escapou das consequências da revelação de mesma octanagem feita por Duda Mendonças, seu marqueteiro, perante uma comissão do Congresso Nacional. Mas os tempos eram outros. Lula era extremamente popular, a oposição estava desidratada e da economia vinham apenas notícias boas. Se Dilma tiver de enfrentar questionamentos semelhantes, ela o faria por uma reeleição muito apertada, pelo ressurgimento da oposição e por uma economia de prospectos desanimadores".

Ou seja: na lógica de Veja, existiriam condições reais para um impeachment. O pretexto é a delação premiada de Augusto Mendonça, um corrupto confesso, que atuou na empresa Toyo Setal, e disse ter feito doações legais de R$ 4 milhões ao PT, que comparou a "propina". Depois disso, Reinaldo Azevedo, blogueiro de Veja, propôs o banimento do PT da atividade política (leia aqui), sendo rebatido por Breno Altman (leia aqui).

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