quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Piketty e a desigualdade de rendas no Brasil: A quanto andamos?

A desigualdade de renda de um país está intimamente atrelada à forma e as condições pelas quais o mercado absorve a mão de obra. 

José Carlos Peliano

 



O economista francês Thomas Piketty, autor conhecido por sua obra O Capital no Século XXI, em passagem pelo Brasil discorre sobre o nível de desigualdade do mundo e da economia brasileira.

Munido por informações selecionadas de alguns países, informa em sua avaliação que a desigualdade persiste em vários países e talvez em níveis bem maiores do que em outros tempos.

Pesa significativamente o fator patrimonial e familiar que transfere de pais para filhos e netos, e assim sucessivamente, os estoques de riqueza e de direitos, os quais conformam os perfis da desigualdade de rendas entre indivíduos, famílias e domicílios.

O mesmo se dá no caso do Brasil, embora os dados disponíveis não permitam ainda uma análise pertinente e mais cuidadosa por parte dos estudiosos. O que não impede, no entanto, que uma avaliação indireta possa ser feita pelos lucros publicados na mídia de empresas, bancos, financeiras e demais companhias nacionais.

Os percentuais de lucros anuais dessas organizações têm sido, em geral, superiores ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da renda per capital do brasileiro. O que leva a crer que a desigualdade patrimonial se mantém em nível elevado.

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