
Pois bem, transcorrida as leições, vemos coisas que só se ver em período eleitoral. Tinhamos cadidatos de belo discurso, boa retorica, até greve de fome fez. Porém, a sociedade não lembra mais que o mesmo responde denuncia pela CPI dos Sanguessugas, mas com toda essa mascara de aparecer pensa-se ser ficha limpa. Outro é réu em ação penal de peculato e crime contra o sistema financeiro nacional. Mas foi eleito para mais um madanto de 4 anos. Há até aqueles que juram que conhecem todo estado e que para provar que é cabra macho, diz que: "pode me soltar no meio da mata, pois se a onça não me comer, eu saio do meio do mato". Passando-se 6 dias das eleições, já se ver em vários jornais desabafos, relatos cheios de magoas e rancores que revelam o lado obscuro da política, onde ocorrem as trairagens, os acordos políticos não cumprimentos.

Quero aqui destacar um pouco da entrevista do deputado federal que por não ser reeleito soltou o verbo para um de seus companheiro partidário. Veja o que foi dito na entrevista para o ac24horas.com: "Para o deputado Fernando Melo, se o ex-governador Jorge Viana de fato fala para valer quando diz que vai trabalhar em prol de uma reforma política, ele tem que lutar para acabar de vez com a nefasta figura do “suplente de senador”. O senhor Anibal Diniz não tem voto para se eleger síndico de um bloco com quatro apartamentos, quanto mais para ser senador. No Senado Federal vai encarnar a figura maldita do “senador biônico”, que existia no tempo da ditadura. Suplente de senador é apenas uma clonagem do senador biônico com nova nomenclatura, comentou revoltado.
- O futuro senador biônico Anibal Diniz não pode ser respeitado como senador, como o Jorge Viana e o Sérgio Petecão que, vão cumprir um mandato por força da vontade popular. O Anibal no máximo tem o voto dele e da mulher, fustigou o petista."
Por que somente agora surge esses questionamentos? Há provérbios que vale neste momento serem lembrados. Vejam: "Quem tem casa com telhado de vidro, não deve jogar pedra no telhado da casa do cizinho". "Diga-me com quem tu andas que eu te direi quem tu és". "Isso é choro de surubim".

Lembrando o que disse o grande poeta Carlos Drummond no poema "Mundo grande" ou melhor se o nosso deputado tivesse lido-o antes desse processo político não faria tais revelações. Na ética busca-se evitar a violência, mas o sujeito moral precisa querer liberdade, e não se submeter aos instintos, às paixões. Há que se reconhecer a existência dos outros, há que se agir com consciência, ser responsável, reconhecer- se , assumir conseqüência, seguir regras de conduta.
"Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.
Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem... sem que ele estale.
Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma, não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! Vai inundando tudo...
Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos – voltarão?"

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