O destaque da imprensa local nesta quinta-feira (5) é a notícia segundo a qual o governador do Acre, Tião Viana (PT), determinou uma operação da Polícia Civil para combater corrupção envolvendo R$ 1,2 milhão do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre (Proacre).
Foram cumpridos três mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão, simultaneamente, em Rio Branco, Porto Walter, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaurgo.
Estão presos Ivânia Ferreira da Silva, secretária de educação de Porto Walter, e seu assessor, Rivelino Silva Gudes, além de Márcio Klinger, um playboy que coordenava o Proacre desde 2009, nomeado pelo então governador Binho Marques (PT).
Klinger é casado com Roberta Rocha, a poderosa assessora que atuava na Secretaria de Educação e controlava a execução de obras do governo estadual.
Klinger é casado com Roberta Rocha, a poderosa assessora que atuava na Secretaria de Educação e controlava a execução de obras do governo estadual.
Em outubro, neste blog, o cientista social Israel Souza, membro do Núcleo de Pesquisa Estado, Sociedade e Desenvolvimento na Amazônia Ocidental e mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Acre, assinou o artigo "No Acre, o amor nos tempos da cólera".
Israel Souza fez uma análise sobre a “marca da democracia e da amplitude” nos governos da Frente Popular do Acre, a coligação que caminha para 16 anos de poder no Estado.
Quando o artigo foi publicado, o secretário de Educação, Daniel Zen, reagiu com um comentário pretensamente esclarecedor sobre os questionamentos do cientista social.
Uma leitora atenta do blog copiou e enviou o comentário. E indagou se teria sido por causa desse posicionamento que Zen foi preterido como pré-candidato a prefeito de Rio Branco.
Eis o comentário do secretário Daniel Zen:
"Seria por demais importante destacar o objeto para o qual estão sendo destinados os recursos do Proacre, assim como o seu grande objetivo: ampliar e qualificar a oferta de serviços públicos básicos para a população de comunidades rurais isoladas ou de difícil acesso.
Saúde Itinerante, educação infantil domiciliar (Asas da Florestania Infantil) e recursos para elaboração e execução de planos de desenvolvimento comunitário na área da produção agroextrativista familiar são apenas alguns exemplos.
Respeito muito o Israel, para mim um grande acadêmico. Mas a reprodução do discurso segundo o qual os bancos e agências internacionais de fomento são “responsáveis por assegurar os interesses do capital e dos países centrais na periferia” soa por demais anacrônico.
Em tempos de primavera árabe, greve de estudantes no Chile, quebradeira geral de países europeus e melancolia generalizada na economia norte-americana, o que exatamente é "centro" e "periferia"???
Os recursos do Proacre têm sido bem empregados e tem surtido efeitos impressionantes na emancipação comunitária. Quem anda pelas cabeceiras dos rios comprova. Onde se observa má-aplicação, o Estado tem agido com energia. Recomendo um estudo mais aprofundado do contrato e sua execução. Abraços!"
Fonte:http://altino.blogspot.com/
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