quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Perpétua Almeida e sindicalistas vão ao MPF/AC contra o aumento de tarifa de energia

Dezenas de sindicatos filiados à Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) protocolaram representação no Ministério Público Federal do Acre (MPF/AC) contra as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) e ainda contra as Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e Companhia de Eletricidade do Acre, (Eletroacre).

A medida, ocorrida nesta quinta-feira, 28, apresenta ao MPF/AC o que a parlamentar e os sindicalistas classificam de desrespeito com a população acreana e visa impedir que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aumente as tarifas de energia elétrica, prevista já para novembro próximo e que a Eletrobrás e a Eletroacre se abstenham do reajuste.

“É uma surpresa que a Aneel, que reconhece os problemas que sofrem nossa população no Acre, autorize um reajuste vergonhoso. Por isso, vimos ao MPF para assegurar que não sejamos lesados mais do que já somos”, afirmou Perpétua Almeida, pouco antes de entregar a representação ao procurador da República no Acre, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.

A representação pede ainda que a Eletronorte não desative as duas usinas de transmissão de Rio Branco, enquanto não for implantada a segunda linha de transmissão de energia elétrica, denominada de “segundo linhão”.

Quer ainda que as empresas apresentem um plano conjunto de ação destinado a impedir novas interrupções no fornecimento de energia elétrica no Estado.

“É inadmissível que não haja previsão no aumento dos problemas que causam o mau funcionamento dos serviços”, dispara o sindicalista Marcelo Jucá, do Sindicato dos Urbanitários.

Ele afirma que a mais recente falta de respeito com o consumidor é a possibilidade de transferência do serviço 0800 para fora do Estado. “As pessoas vão ligar para tentar solucionar um problema que é local, falando com um operador que nada tem a ver com o seu problema e inviabilizando ainda mais a situação”, diz Jucá.

Já Perpétua Almeida ressaltou ainda que a ação é uma forma de evitar que mais consumidores lancem seus aparelhos imprestáveis ou alimentos estragados em frente da Eletroacre, em protesto aos constantes apagões que queimam milhares geladeiras, televisores e outros eletrodomésticos.

Por último, eles exigem a aferição dos aparelhos de dados de consumo das unidades residenciais, industriais e comerciais no Estado.

O procurador do MPF, Anselmo Cordeiro, ratificou que a “questão da energia é grave” e que o MP “tomará as providências cabíveis, após um estudo jurídico detalhado” sobre o assunto.


Fonte: gazeta.net


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